Aparelho psíquico, memória e a noção de tempo nos primeiros textos de Freud
sobre as vicissitudes da linguagem
Resumo
Este trabalho discute as implicações entre aparelho psíquico, memória e tempo nos primeiros textos da psicanálise considerando a noção do a posteriori evocada por Freud (1894) por meio do termo alemão nachträglich. Tal proposição exige uma reflexão sobre a noção de memória desenvolvida na Carta 52 (1896/1996) segundo a qual há diversos registros de memória nos quais um mesmo conteúdo, com o passar do tempo, poderia ser inscrito e transcrito conforme distintos princípios associativos da linguagem. Sob esse prisma, a memória possui como qualidade a não recuperação imediata de seu conteúdo, e disso advém uma apropriada autonomia com relação aos elementos da consciência.
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