Contribuições da técnica ativa para a clínica psicanalítica

  • Marcos de Moura Oliveira Universidade do Vale do Paraíba (Univap), São José dos Campos, SP
Palavras-chave: Técnica ativa, Sándor Ferenczi, Regra fundamental

Resumo

O presente trabalho faz o resgate conceitual da técnica ativa, presente na clínica de Sándor Ferenczi na década de vinte, que fora fruto de seus trabalhos com casos-limite demonstrando que sua ideia principal está inserida no contexto tradicional da clínica psicanalítica, bem como recomendações ao seu uso e possibilidades terapêuticas. A técnica ativa, assim descrita por Ferenczi, é uma forma de convocar o paciente à atividade propriamente dita, mediante transferência, fazendo com que este último passe a ter maior dispêndio de libido no processo analítico, e assim se envolva com maior fidelidade no processo, seguindo o princípio do investimento libidinal. A exposição segue demonstrando o papel da técnica ativa como auxiliar da associação livre e como ferramenta possível ao analista em sua práxis.

Biografia do Autor

Marcos de Moura Oliveira, Universidade do Vale do Paraíba (Univap), São José dos Campos, SP

Mestrando em Psicologia pela Universidade Ibirapuera (UNIB). Especialista em Psicanálise – Teoria e Técnica pelo Departamento de Pós-Graduação da Universidade do Vale do Paraíba (UNIVAP). Psicólogo pela Universidade Paulista (UNIP). Supervisor de estágio em Psicologia no Centro Educacional Anhanguera. São José dos Campos, SP, Brasil.

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Publicado
05-07-2021
Como Citar
OLIVEIRA, M. Contribuições da técnica ativa para a clínica psicanalítica. Cadernos de Psicanálise | CPRJ, v. 43, n. 44, p. 191-202, 5 jul. 2021.