. Quem acredita na pulsão de morte?
Resumo
Com a noção de pulsão de morte, uma especulação ousada em que acreditou, Freud ampliou o campo da clínica ao trazer os processos de simbolização para o foco da investigação psicanalítica. Em sua posteridade, nos trabalhos de Klein, Lacan, Bion e Winnicott, a crença ou a descrença na pulsão de morte passou a ser conjugada nos termos das relações de objeto, dos paradoxos do gozo e da provisão ambiental. Na psicanálise contemporânea, o debate em torno da crença na noção se prolonga em um ambiente ecumênico que visa mais a comparação dos pontos de vista do que o embate polêmico.
Referências
ABRAM, J. “DWW’s notes for the Vienna Congress 1971”. In: ______. Donald Winnicott today. Routledge: New York, 2013. p. 323.
FREUD, S. (1933). New introductory lectures. In: ______. Standard Edition, v. XXII, p. 93.
GREEN, A. Playing and reflection in Donald Winnicott’s writings. Karnac Books: London, 2005. p. 12.
GROTSTEIN, J. “... but at the same time and on another level…vol I”. Karnac Books: London, 2005. p. 10.
LACAN, J. (1964). Les quatre concepts fondamentaux de la psychanalyse. Paris: Seuil, 1973. p. 187.
MILLER, J.-A. Os seis paradigmas do gozo. Opção Lacaniana online nova série, ano 3, n. 7, março 2012.
MITCHELL, S. Relational concepts in psychoanalysis. Harvard University Press: Cambridge, 1988. p. 170.
WINNICOTT, D. W. Creativity and its origins. In: Playing and reality”. London: Tavistock, 1971. p. 70.
______. The use of an object and relating through Identifications. In: ______. Playing and reality. London: Tavistock, 1971.
YORQUE, C.; LAPLANCHE, J.; GREEN, A. et al. (1986). A pulsão de morte. São Paulo: Escuta, 1988.
Copyright (c) 2021 Cadernos de Psicanálise | CPRJ
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.