Complexo de Castração e Complexo do Nebenmensh
diferença, desamparo e violência
Resumo
O texto parte da questão relativa às angústias que dão origem às identificações regressivas descritas em Psicologia das massas e análise do eu, de Freud (1921). Quando se engajam na massa, os sujeitos conquistam de forma imaginária um poder fálico que os autoriza a realizar qualquer ação e perdem a sua capacidade de se responsabilizar por si e pelos outros. Esta situação coloca a exigência de pensar os mecanismos de violência que estão em jogo e a natureza das angústias que levam aos extremos de alienação a um líder autoritário e despótico. As duas teorias da angústia em Freud são examinadas através do texto Inibição, sintoma e angústia (1926). A condição existencial de desamparo no nascimento é pensada como a angústia arquetípica e examina-se o Complexo de Nebenmensch. A angústia de castração é pensada como um esquema organizador de todas as ameaças e traumatismos que o sujeito enfrenta – constituindo o Complexo de Castração. É retomada a ideia de rejeição da feminilidade presente no texto Análise terminável e interminável (1937) para fazer uma crítica ao que Freud chamou de rochedo da castração.
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