A clínica que realmente fazemos, o tempo em que vivemos e a experiência de análise
o caso Ulysses
Resumo
Este trabalho propõe pensar a clínica contemporânea que se atualiza com os aspectos encenados na transferência e que interroga a clínica que realmente fazemos tomando como objeto de estudo o recorte de acompanhamento a um jovem em situação de análise com base no método psicanalítico. As indagações do trabalho gravitam em torno das possibilidades de criar novos caminhos de escuta. Inspirados no pensamento de Winnicott e com o objetivo de explicitar a relação entre o tempo em que vivemos e de que modo ele se reflete na clínica que realmente praticamos, elegemos deslindar percepções de um caso clínico a fim de interrogar de que modo a esquizoidia, pela riqueza que representa, pode retratar um fenômeno tanto clínico quanto da cultura.
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