Mulheres indígenas, corpos e vozes da floresta
a palavra, oral e escrita, como resistência!
Resumo
Este artigo propõe uma leitura crítica e poética das obras Banzeiro Òkòtó, de Eliane Brum, e A Queda do Céu, de Davi Kopenawa e Bruce Albert, articulando-as com reflexões sobre a transitoriedade, a fragilidade e a resistência indígena no Brasil. A escrita é abordada como gesto insurgente, capaz de denunciar múltiplas camadas de opressão – ambiental, epistemológica e patriarcal – e de reconectar corpo, floresta e linguagem. A autora se posiciona como corpo afetado, em metamorfose com a floresta, e convoca novos paradigmas para adiar o fim do mundo, inspirada por pensadores indígenas como Davi Kopenawa, Ailton Krenak e a jornalista Eliane Brum.
Referências
BRUM, E. Banzeiro Òkòtó: uma viagem à Amazônia centro do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.
EVARISTO, C. Olhos D’água. Rio de Janeiro: Pallas, 2014.
KOPENAWA, D.; ALBERT, B. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
LANNES, E. Gramática dos Afetos: Edson Lannes e a psicanálise. Jô Gondar, Maria de Fátima de Amorim Junqueira (Orgs.). Curitiba: Juruá, 2016. 152p.
LISPECTOR, C. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1984.
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